18 de março de 2009

'Tigra' une guitarras de Tostoi à voz de Pestano

Resenha de CD
Título: Tigra
Artista: Luciana Pestano
Gravadora: RM2
Entretenimento
Cotação: * * * 1/2

Tigra é o apelido de Luciana Pestano. Por algum tempo, foi também o nome artístico da cantora e compositora gaúcha. Até encontrar melhor destino como título do segundo álbum desta legítima roqueira. Tigra, concluído em 2008 após anos de produção cuidadosa, é trabalho superior ao antecessor Luciana Pestano, produzido por Bebeto Alves, lançado em 1997 pelo selo Antídoto e reeditado em 98 pela gravadora atualmente intitulada Universal Music em vã tentativa de deixar Pestano menos longe das capitais. A projeção nacional não se concretizou, de fato, mas Tigra é bom disco que mostra atitude - artigo raro no rock pré-fabricado de hoje em dia. Com sua voz rouca e cortante, que lembra eventualmente o timbre e o vigor de Marina Lima em tempos idos, Pestano valoriza repertório formado por dez inéditas autorais que vão direto ao ponto. Muito do valor do álbum vem também das guitarras de Jr. Tostoi, produtor da faixa Arpoador. A propósito, Tigra tem produção dividida por timaço que inclui, além de Tostoi, os antenados Marcos Cunha, Rodrigo Campello, Herbert Vianna, Mu Chebabi e a própria Pestano. A interação das guitarras de Tostoi com as programações e efeitos eletrônicos geraram arranjos pulsantes. Vale destacar o de Tigragem, mas o CD é todo bem timbrado. Admirador de primeira hora da artista, Herbert Vianna é o produtor e convidado da balada Entre Você e Eu, bissexto lampejo sentimental de repertório afiado que destaca Trovão, A Lôca (parceria de Pestano com Antonio Villeroy), Dia Zen e Maciez. Há uma ou outra música de menor vigor, caso de Hora de Ir, mas, no geral, Tigra representa upgrade na trajetória fonográfica de Luciana Pestano. Ela fala alto e tem que ser ouvida.

7 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Tigra é o apelido de Luciana Pestano. Por algum tempo, foi também o nome artístico da cantora e compositora gaúcha. Até encontrar melhor destino como título do segundo álbum desta legítima roqueira. Tigra, concluído em 2008 após anos de produção cuidadosa, é trabalho superior ao antecessor Luciana Pestano, produzido por Bebeto Alves, lançado em 1997 pelo selo Antídoto e reeditado em 98 pela gravadora atualmente intitulada Universal Music em vã tentativa de deixar Pestano menos longe das capitais. A projeção nacional não se concretizou, de fato, mas Tigra é bom disco que mostra atitude - artigo raro no rock pré-fabricado de hoje em dia. Com sua voz rouca e cortante, que lembra eventualmente o timbre e o vigor de Marina Lima em tempos idos, Pestano valoriza repertório formado por dez inéditas autorais que vão direto ao ponto. Muito do valor do álbum vem também das guitarras de Jr. Tostoi, produtor da faixa Arpoador. A propósito, Tigra tem produção dividida por timaço que inclui, além de Tostoi, os antenados Marcos Cunha, Rodrigo Campello, Herbert Vianna, Mu Chebabi e a própria Pestano. A interação das guitarras de Tostoi com as programações e efeitos eletrônicos geraram arranjos pulsantes. Vale destacar o de Tigragem, mas o CD é todo bem timbrado. Admirador de primeira hora da artista, Herbert Vianna é o produtor e convidado da balada Entre Você e Eu, bissexto lampejo sentimental de repertório afiado que destaca Trovão, A Lôca (parceria de Pestano com Antonio Villeroy), Dia Zen e Maciez. Há uma ou outra música de menor vigor, caso de Hora de Ir, mas, no geral, Tigra representa upgrade na trajetória fonográfica de Luciana Pestano. Ela fala alto e tem que ser ouvida.

18 de março de 2009 às 16:38  
Anonymous Anônimo said...

Torço prá que o disco da moça tenha saído legal.
A produção do Tolstoi me assusta com tanto efeito de guitarra que encobre o bom guitarrista que talvez ele seja.
Prá mim, Tolstoi e Guila vêm "matando" o trabalho do Lenine e o primeiro disco do baterista deste - Pantico Rocha.
A dupla Vulgue Tolstoi não tem groove e só mostram saber fazer ruídos nos discos de Lenine e Pantico. Saudade das linhas de baixo do Liminha e do Chico Neves junto com o falecido Tom Capone.
Sorte prá Tigra!

18 de março de 2009 às 19:30  
Anonymous Anônimo said...

Taí: bacana.

A Luciana foi uma das mulheres participantes de "O Som do Sim", CD solo do Herbert, de 2000.

Cantou "Eu não sei nada", que também teve canja do Henrique Portugal no órgão. HV disse que chegava a se arrepiar ao ouvir a voz da Luciana, que, por ter de cantar a canção num tom meio alto demais para sua voz, deixou na bolachinha um registro ainda mais cortante do que o natural dela.

Como diria Roger em "Nós Vamos Invadir Sua Praia", a canção: eu "recomêindo".

Até porque, além do HV, tem Jr. Tostoi, este guitarrista que exala criatividade, grande colaborador e responsável de alguns arranjos bacanas do chapa Lenine

18 de março de 2009 às 19:37  
Anonymous Anônimo said...

Sugestão de fã e ouvinte :
O blog, ou a coluna, poderiam ter uma vitrolinha onde a gente poderia ouvir (apenas ouvir, inteiro ou trecho)uma ou duas faixas de cada disco ou de alguns discos selecionados pelo blogueiro.
Nem todos tem o cacife financeiro do Oliveira (isso é uma inveja sadia !). E, a gente teria oportunidade de conhecer o trabalho de gente como a Pestano.
Carioca da Piedade, pela democratização tecnológica, mas sem sacanear os artistas

19 de março de 2009 às 00:09  
Anonymous Anônimo said...

O blog não tem vitrolinha, mas quem buscar no myspace, vai achar metado do disco lá à disposição para ouvir de graça.
Quanto à Luciana, desde o primeiro cd virei seguidor (mais do que fã). essa comparação com Marina é reducionista. Luciana é muuuuuito mais. Para os pseudo-articulistas que comentam aqui nesse blog sedentos por "novidades"... Tigra não é bem uma novidade, mas é das melhores coisas no estilo que já apareceram nesse Brasil. Difícil achar uma cantora e compositora tão visceral, tão atitude como Luciana Pestano... quanto ao disco "acontecer"... dependo do que entendemos e queremos por "acontecer"... Vender muito, não vai... tocar muito em rádio e tv, não vai... Não por demérito do trabalho.. mas pelas opções cada vez mais mercantilistas de nossa indústria fonográfica. Que toque em muitos corações. Evoé Luciana Pestano.

19 de março de 2009 às 00:58  
Anonymous Anônimo said...

Felipe,

tenho esse " O som do sim " é ótimo e me amarro na participação de Luciana em " Eu não sei nada " onde ela também toca gaita. Fiquei preocupado quando me disseram que ela seria uma " nova Cássia Elller " por conta do som e do visual ...

Pela resenha do Mauro, parece que foram boatos !


Um abraço a todos !
Diogo Santos
caxias.diogo@bol.com.br

19 de março de 2009 às 08:13  
Anonymous Anônimo said...

CeliMárcio disse...
O blog não tem vitrolinha, mas quem buscar no myspace, vai achar metado do disco lá à disposição para ouvir de graça.
Tudo bem, mas um link, com vitrolinha ajudaria sim.
Cada qual em seu quadrado. Há dez anos Lenine foi considerado revelação pela MTV e a garotada só vem descobrindo seu talendo de fato de cinco anos para cá...
Mas isso não é pecado.
Deixemos de ser ranzinzas. Celi voce é muito novo para isso.

19 de março de 2009 às 20:49  

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