27 de janeiro de 2009

Nem clima de luau justifica acústico da Cheiro

Resenha de CD / DVD
Título: Cheiro de
Amor Acústico
Artista: Cheiro de Amor
Gravadora: Universal
Music
Cotação: * 1/2

Ritmo calcado no baticum afro-baiano, a axé music é acústica por natureza. O tom acústico deste novo registro de show da banda Cheiro de Amor é dado mais pelo clima intimista da gravação, que evoca um luau à beira da orla baiana, do que pela sonoridade propriamente dita. Em palco armado no Forte São Marcelo em 2 e 13 de julho de 2008, tendo a Baía de Todos os Santos como cenário natural, a vocalista Alinne Rosa requenta hits da primeira fase da banda (com Márcia Freire nos vocais) como Doce Obsessão, Canto ao Pescador e Auê. Não contente em remoer os sucessos da fase áurea em que rivalizava com a Banda Eva, a Cheiro de Amor une axé e pop em mistura aguada. É nesse contexto que entram convidados como Daniela Mercury, Jorge Vercillo e o grupo Biquini Cavadão. Daniela e Alinne fazem jogo de sedução enquanto revivem Uma Noite e 1/2, hit radiofônico de Marina Lima em 1987. O mais ousado lance desse jogo erótico é um beijo na boca entre as cantoras, noticiado com alarde por jornais e revistas populares na época da gravação. Nem tão à vontade, mas também descontraído, Jorge Vercillo faz o que pode em Fácil de Entender, mas não impede seu reggae de morrer na praia. Já a Janaína do Biquini Cavadão soa totalmente deslocada naquele cenário paradisíaco em meio a roteiro que abre espaço para a participação nada especial do onipresente Durval Lelys, convidado de Poeira Cristalina. Enfim, apesar da tentativa válida de renovar o tom dos registros de shows de axé, o Acústico da Cheiro de Amor não faz jus ao histórico de uma banda que marcou época na cena pop baiana dos anos 90. É hora de voltar às origens.

7 Comments:

Blogger Mauro Ferreira said...

Ritmo calcado no baticum afro-baiano, a axé music é acústica por natureza. O tom acústico deste novo registro de show da banda Cheiro de Amor é dado mais pelo clima intimista da gravação, que evoca um luau à beira da praia, do que pela sonoridade propriamente dita. Em palco armado no Forte São Marcelo em 2 e 13 de julho de 2008, tendo a Baía de Todos os Santos como cenário natural, a vocalista Alinne Rosa requenta hits da primeira fase da banda (com Márcia Freire nos vocais) como Doce Obsessão, Canto ao Pescador e Auê. Não contente em remoer os sucessos da fase áurea em que rivalizava com a Banda Eva, a Cheiro de Amor une axé e pop em mistura aguada. É nesse contexto que entram convidados como Daniela Mercury, Jorge Vercillo e o grupo Biquini Cavadão. Daniela e Alinne fazem jogo de sedução enquanto revivem Uma Noite e 1/2, hit radiofônico de Marina Lima em 1987. O mais ousado lance desse jogo erótico é um beijo na boca entre as cantoras, noticiado com alarde por jornais e revistas populares na época da gravação. Nem tão à vontade, mas também descontraído, Jorge Vercillo faz o que pode em Fácil de Entender, mas não impede seu reggae de morrer na praia. Já a Janaína do Biquini Cavadão soa totalmente deslocada naquele cenário paradisíaco em meio a roteiro que abre espaço para a participação nada especial do onipresente Durval Lelys, convidado de Poeira Cristalina. Enfim, apesar da tentativa válida de renovar o tom dos registros de shows de axé, o Acústico da Cheiro de Amor não faz jus ao histórico de uma banda que marcou época na cena pop baiana dos anos 90. É hora de voltar às origens.

27 de janeiro de 2009 às 09:41  
Anonymous Anônimo said...

Tudo o que é "Axé" já está mais do que requentado. Deveria ser congelado e só reaparefer na época do carnaval (lá na Bahia). Quem ganhou com isso ganhou, e que não apareça mais ninguém para engrossar o fogo que requenta esse rítmo.

27 de janeiro de 2009 às 15:37  
Blogger pedro said...

Olá a todos! Concordo com o que disse em relação ao acústico do Cheiro pois eu como baiano e contemporâneo de toda a história achei fraquíssimo a escola do repertório deixando de lado muita coisa antigo que com uma nova roupagem ficaria ótimo para nós baianos; sim, para nós baianos porque toda vez que você faz crítica sobre a música feita na Bahia ( axé music ) você critica! você adolescente pulou atrás de um trio? já namorou e suou ao som de um trio? não né? apesar de sabermos da falta de comprometimento das letras para nós isso não importa! o que importa é ser feliz e aproveitar aquele momento de saúde e alegria que agente tá vivendo no momento e aproveitando com os amigos e familiares. É assim que funciona para mim não importa se a música di Peixe,do Tomate, de Chiclete soa clichê. PARA NÓS ISSO NÃO IMPORTA! só quem nasce aqui e viveu tudo isso desde o começo é quem sabe. Jamais um crítico nascido no Sudeste vai saber. Muito obrigado

27 de janeiro de 2009 às 21:45  
Anonymous Anônimo said...

Defender o "Axé" é tarefa ingrata. De qualquer forma: boa sorte.

28 de janeiro de 2009 às 21:53  
Anonymous Anônimo said...

Cadê "Armandinho, Dodô & Osmar" ?
Cadê Moraes Moreira ?
Cadê Elba Ramalho ?
Cadê Luiz Gonzaga ?
Cadê Alceu Valença ?
Quem quer dançar ao som de MÚSICA - não disto aí - é só achar.
Procura que acha.

29 de janeiro de 2009 às 18:11  
Anonymous Anônimo said...

Gostei da maioria das musicas do Acustico; concordo que Janaina não ficou legal e só, o resto pra mim é implicaçao de alguem que como diz o leitor acima "Nunca esteve atras de um trio eletrico" e traz preconceitos contra o axé. Pq não reclama das letras do trance, dance, sei la oque? pq é musica de boate e pra isso nao precisa de letra nao eh? Ah entao ta!

6 de fevereiro de 2009 às 12:23  
Blogger Conto das letras said...

Sinceramente para mim foi o trabalho mais belo da Banda Cheiro de AMor.

9 de novembro de 2009 às 22:50  

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