19 de abril de 2008

Nem inédita justifica 'best of' precoce de Teresa

Resenha de CD
Título: Eu Sou Assim
- O Melhor de
Teresa

Cristina e Grupo Semente
Artista: Teresa Cristina
e Grupo Semente
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * *

Sobra do segundo álbum de Teresa Cristina, A Vida me Fez Assim (2004), a regravação de Novo Amor (Chico Buarque) pela cantora e o Grupo Semente é o chamariz usado pela gravadora Deckdisc para atrair compradores para a primeira e precoce coletânea da artista. Mas nem este fonograma inédito - a rigor, insosso e aquém do alto padrão do disco para o qual feito -justifica a edição da compilação, que inclui 15 faixas gravadas entre 2002 e 2005. Além de Novo Amor, os únicos fonogramas não incluídos nos três primeiros álbuns de Teresa são Se a Alegria Existe (gravado para o CD Samba Novo, editado pela Som Livre em 2007) e a regravação do samba As Forças da Natureza (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), feita em 2003 para o álbum duplo que saudou a obra e o canto de Clara Nunes, que, por coincidência, lançou Novo Amor em seu último disco (Nação, 1982). Mas é pouco. Eu Sou Assim - O Melhor de Teresa Cristina e Grupo Semente é coletânea indicada somente para fãs de última hora da intérprete, que debutou no mercado fonográfico em 2002 com tributo ao cancioneiro de Paulinho da Viola. A melhor faixa deste álbum duplo - Para um Amor no Recife, em que Teresa encontra o exato tom de melancolia do samba de Paulinho - foi selecionada para o best of da artista e valoriza uma compilação cujo único objetivo é render uns trocados para o cofre da gravadora Deckdisc, dona do acervo inicial de Teresa Cristina e do Grupo Semente. Bom e dispensável!!

17 Comments:

Blogger Ju Oliveira said...

é caça-níqueis sim, sem dúvida, mas estou pensando em comprar por causa dessas duas faixas que eu não tenho... Gostei muito da versão de Novo Amor que ouvi no último show da Teresa.

Capa feia, né? Teresa está com uma cara esquisita. De uma certa forma me lembrou Maria Rita. As duas não podem tirar fotos em close olhando para a câmera porque ficam meio vesgas.

19 de abril de 2008 às 12:24  
Anonymous Anônimo said...

MAIS DO MESMO, CAÇA-NIQUEL DESCARADO, É UMA PENA POIS É O SINAL DE UMA CARREIRA QUE MAL COMEÇOU, ROLANDO LADEIRA ABAIXO!!

19 de abril de 2008 às 13:26  
Anonymous Anônimo said...

E nem pra incluirem OS RIOS QUE CORREM PRO MAR que ela canta na trilha da minisserie UM SÓ CORAÇÃO ...

De qualquer forma gosto dela e torço pro seu sucesso agora na EMI!

19 de abril de 2008 às 14:29  
Anonymous Anônimo said...

Capa estranha mesmo... Parece coletânea dos anos 80.

19 de abril de 2008 às 16:15  
Anonymous Anônimo said...

rolando ladeira abaixo... essa é boa! como se após um artista sair de uma determinada gravadora, tal gravadora lançar uma coletânea não fosse de praxe e já não tivesse acontecido, sei lá, infinitas vezes.

19 de abril de 2008 às 19:34  
Anonymous Anônimo said...

Gostaria muito que a Teresa gravasse nos próximos trabalhos o belíssimo samba que ela compôs em parceria com Arlindo Cruz que fala sobre Iemanjá. Primeira parceria da dupla que promete um casamento longínquo. Abs,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

19 de abril de 2008 às 21:11  
Blogger geraldo pimentel said...

Olá, Mauro,

"Se A Alegria Existe" (Teresa Cristina), incluída na coletânea "Eu Sou Assim: O Melhor...", também não fez parte do repertório dos três CDs que Teresa Cristina & Grupo Semente gravaram pela Deckdisc. A música está presente nos seguintes CDS: "Samba Novo" (Som Livre/2007) e "Brazilian Playground" (Putumayo Kids/2007).

Por gentileza, Mauro, qual o critério que você usou para dar uma cotação de 3 estrelas à coletânea? Pareceu-me injusto. O repertório e a interpretação da Teresa são excelentes!

Geraldo Pimentel

20 de abril de 2008 às 01:01  
Blogger Mauro Ferreira said...

Geraldo, obrigado por chamar atenção para meu lapso. Acho que os textos das minhas resenhas já justificam as cotações e por isso não os justifico. Mas abro exceção aqui pelo fato de você ter apontado um lapso no texto: coletâneas são avaliadas por mim pelo valor documental que possuem ou não, pelo conceito (às vezes inexistente), pelo capricho ou desleixo da edição, pelo texto que pode existir (ou não) para contextualizar o repertório compilado, pela quantidade de fonogramas raros e/ou inéditos. É isso o que justifica a resenha de uma coletânea. Caso contrário, por que perder tempo em resenhar gravações já editadas em discos anteriores? Diante da exposição desses critérios (os meus, cada um tem os seus), as três estrelas me parecem bastante justas.

20 de abril de 2008 às 10:08  
Blogger geraldo pimentel said...

Obrigado, Mauro!

Marcelo, o nome do samba é "Oferendas" e é provável que Teresa e Arlindo continuem essa parceria, já que volta e meia eles estão dividindo o palco em shows no Rio.

Abraços,

Geraldo Pimentel

20 de abril de 2008 às 11:36  
Anonymous Anônimo said...

Concordo inteiramente com vc, Mauro. Lamentável...

20 de abril de 2008 às 13:26  
Blogger Ju Oliveira said...

Obrigada pela nova info, Geraldo. Agora sabendo que tem três músicas que não fazem parte da discografia dela é que eu vou comprar mesmo.

Valeu!

20 de abril de 2008 às 18:35  
Anonymous Anônimo said...

Muito obrigado pela informação Geraldo. Ficarei no aguardo torcendo para que um dos dois registre. Forte abraço,

Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

20 de abril de 2008 às 19:33  
Anonymous Anônimo said...

E para quê?A gravação e interpretação inigualável de "Novo Amor" feita pela Nana Caymmi,além de insuperável é prova de quando quizer e se quizer,pode ser também a melhor sambista do país.

22 de abril de 2008 às 14:08  
Anonymous Anônimo said...

quiser, com "s" meu querido...

Em que disco a Nana gravou "Novo Amor"?

22 de abril de 2008 às 17:47  
Anonymous Anônimo said...

Desculpe o erro...correria!O disco é o belo "Alma Serena".Não deixe de escutar.Abraços!

23 de abril de 2008 às 14:40  
Anonymous Anônimo said...

Eu custo a entender os motivos pelos quais fazem tanto alarde em torno de Teresa Cristina. Ela não canta, não tem expressão cênica, não possui carisma e nunca será sambista, como costumam enfatizar. Teresa Cristina é uma invenção midiática e da DeckDisc, que concedeu a ela a "honra" de destruir a obra de Paulinho da Viola em dois Cds de pura monotonia. Ela é a monotonia em pessoa. Seu canto dá sono, é monocórdico. Teresa Cristina, minha gente, não é diva da Lapa, embora "pose de". Vamos parar com isso. Tá na hora de colocar um fim nesta história. O tempo dirá. Quem tem talento tem. Quem não tem, o tempo tratará de apagar. Viva Leci! viva Clara (mesmo depois de morta está aí servindo de referência). Essas sabem cantar samba. Neguinho pensa que cantar samba é só chegar acompanhada de pandeiro, cavaco e tantan. Não tem Mariana Haydar, Baltar, Bernardes, Dorina, Juliana Diniz, ninguém. A melhor de todas é Nilze Carvalho, que é melhor instrumentista do que cantora. Canto de samba é lamento. Tem de vir da alma.

25 de abril de 2008 às 01:10  
Blogger Andréa B. de Oliveira said...

Hehehe!! Se acha Teresa tão ruim, e se sente à vontade para criticá-la com tanta veemência, não deveria postar anonimamente! Teresa tem uma postura intimista? Talvez, mas quem assistiu seus últimos shows, viu uma Teresa diferente no palco (falo por experiência, fui aos últimos shows no Canecão e no Rival). Estava alegre, sorridente, dançando e contagiando o público. A menina que cantava de olhos fechados, ainda está ali, mas não como antes. A Diva da Lapa (vocês querendo ou não) aflorou em Teresa! Sobre a coletânea, concordo que seja precipitado por parte da DeckDisc, mas acho que independe de Teresa nesse caso. Ainda assim, é um bom presente para iniciar amigos que desconhecem esse lindo trabalho de Teresa Cristina e Grupo Semente.
Agora, invenção midiática? Teresa está longe de ser produto de mídia, cantava na Lapa desde 1998 e só gravou seu primeiro cd em 2002! Teresa vem se revelando uma brilhante compositora, com direito a companheiros de "peso" no samba, como Arlindo Cruz e Argemiro Patrocínio que, tenho certeza, não assinariam embaixo de qualquer coisa! Começou a cantar a convite de Guaraci da Portela. Paulinho da Viola (é, esse mesmo, que disseram que Teresa destruiu sua obra) se referiu à ela como "cativante e excelente cantora de samba"! Elton Medeiros disse ao jornal "O Globo" que Teresa "inova sem agredir o formato". E Marisa Monte, que produziu o cd da Velha Guarda da Portela "Tudo Azul", disse que Teresa "interpreta sem afetação, um exemplo de história verdadeira". Sinceramente, Sr. Anônimo, sou mais essa galera de renome que só vê pontos positivos no samba de Teresa Cristina e Grupo Semente. Abçs.

6 de maio de 2008 às 11:23  

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